("Foges em companhia de ti próprio: é de ego que precisas de mudar, não de clima." De nada adianta andarmos a 250kmh porque um dia temos de parar para fazer um balanço! )
Achei que esta frase reflectia muito bem o meu estado de espírito de hoje.
Sinto-me aprisionada, mas de nada adianta fugir, porque o que me aprisiona está dentro de mim e vai comigo para onde eu for...
Cansada
cansada de me sentir triste
cansada de não andar em frente
cansada de que nada seja fácil
cansada de viver os problemas dos outros como se fossem meus
cansada de não pensar mais em mim
cansada de não fazer as coisas que gosto
cansada destes dias de chuva, cinzentos e tristes
cansada desta angústia que me aperta o peito
cansada de chorar
cansada das minhas fraquezas, de meter os pés pelas mãos
cansada de mim neste impasse
cansada de estar cansada
"essa tempestade um dia vai acabar..."
Não sei se é da época carnavalesca, se do Inverno chuvoso e triste, os fantasmas que povoam a minha mente e o meu coração acharam que era boa altura para me voltarem a assombrar, pelo que achei que esta música era apropriada....
Não consegui introduzir o vídeo, deve mesmo ser da época....
Hoje não devia estar aqui.
Devia estar enfiada dentro da minha cama com os cobertores puxados até às orelhas; dentro do meu casulo.
Estou triste, esgotada.
Nada parece fazer sentido.
O meu coração parece que vai explodir de tantas dores acumuladas.
Afinal ainda tenho lágrimas...
Há siituações na vida que se não fossem trágicas seriam cómicas e depois há também aquelas que roçam o improvável e o surreal e que só nos podemos mesmo rir de tamanha estranheza.
Acho que tem um nome, a condição em que as pessoas mentem de tal forma bem que elas próprias se convence de que estão a falar verdade, e chegam mesmo ao ponto de já não saber se estão a falar mentira ou não. Falta de escrúpulos?! Deve ser isso.
O último mês tem sido para mim como que um curso intensivo em adaptação.
Como reagir quando nos puxam o tapete debaixo dos pés, ou como diz um amigo meu, deram-te uma bofetada de um lado e ainda não te tinhas bem indireitado e já te estavam a dar outra do outro lado.
Mas como nunca é tarde demais para aprender, ainda bem que me increvi ainda que involuntáriamante neste curso, porque neste momento sinto-me verdadeiramente a mudar.
A deixar cair partes de mim que não interessavam a ver-me livre de situações indesejáveis e pessoas que não me serviam e sinto-me muita mais leve. Estou pronta para seguir em frente.
The truth will set you free - não há nada mais verdadeiro.
A verdade pode ser dura, afida como mil facas e causar muita dor, mas nem toda a gente tem a capacidade de lidar com a verdade.
Nem de ouvir as duras verdades olhos nos olhos, nem de falar verdade, nem de se comprometer com ela.
Pois eu orgulho-me de ter um grande compromisso interior com a verdade e a sinceridade.
As piores verdades de ouvir são aquelas sobre nós próprios, porque é muito fácil de dizer aos outros as verdades mas é muito doloroso ouvir certas verdades sobre nós próprios.
E eu passei o teste.
Felizmente tenho grandes amigos que por serem isso mesmo têm a coragem de me dizer tudo aquilo que eu não quero mas preciso ouvir.
Obrigado a todos por erem sido duros comigo.
E neste momento, sabendo a minha verdade, aquilo que tenho de mudar dentro de mim, e a verdade de toda a situação, sinto-me livre, leve.
Porque achei que esta música era exactamente o ponto de exclamação que faltav no meu post de ontem.
Aqui fica...
Hoje de manhã ouvi esta música e deu-me uma enorme energia.
Hoje decidi que não vou deixar os pensamentos negativos tomar conta de mim.
Nem que para isso tenha que ouvir esta música quinhentas mi vezes durante o dia, ou sempre que os pensamentos menos bons se começarem a insinuar.
It´s my Life!!!
Hoje foi o dia de regresso ao trabalho após duas semanitas de férias.
Correu bem.
O engraçado foi que me desliguei completamente do trabalho nestas duas semanas tirando o facto de ter visto alguns mails, mas bastaram 5min no escritório para parecer que nem tinha saído.
Sim, recuperei energias e sim voltei com mais garra, mas o stress esse voltou.
Tenho que aprender a viver com ele e a deixá-lo trancadinho dentro do meu gabinete para não me vir atrapalhar os sonos.
Depois há a questão de hoje o filhote ter ído para o pai, com quem vai estar até sexta-feira.
Quem me visse neste momento e me tivesse visto nas passadas duas semanas não diriam que é a mesma pessoa.
Durante estas semanas de férias suspirei por um break; um diazito para mim, para poder ganhar forças para fazer face às birras e aos amuos, e agora que vou ter quatro sinto-me perdida e sózinha.
Não há quem me entenda, muito menos eu.
Hoje é um dia em que preciso de colo, mas como isso também não vai acontecer, vou ver um filme e depois dormir para ver se passa.
Fica aqui esta música que tenho ouvido na rádio e que me embala um pouco.
Hoje precisava muito dos teus braços a embalar-me...
E aqui estou eu sem saber muito bem por onde começar a escrever este post.
Já pensei em tantas coisas que aqui queria escrever que agora estou a ter dificuldade em começar...
Começo por dizer que estou no meu fim-de-semana de retiro espiritual, onde? Na Ericeira, claro!
Este fim-de-semana foi pensado a dois e acabei por vir sózinha, porque EU tinha que vir. Porque estava a precisar dos ares da Ericeira para descansar, dormir e não ter horários para nada.
Nada como este vento para me clarificar as idéias e este sol para me recarregar baterias.
Já não sei se sou eu que venho para a Ericeira sempre que preciso de pensar se são os ares da Ericeira que me revolvem os pensamentos.
Acho que é principalmente o facto de estar sózinha comigo, com todo o tempo do Mundo para dele desfrutar a meu bel prazer, sem interferências de ninguém, que me liberta o pensamento.
Mais uma vez nada acontece por acaso, e ainda bem que vim sózinha, pois caso tivesse vindo acompanhada não poderia ter retirado as lições que daqui levo.
Primeiro, quiz a o Destino que aqui tivesse vindo encontrar uma pessoa que fez parte da minha vida durante um ano, e da qual tem sido difícil afastar-me porque ao não querer magoar acabo por não ser firme o suficiente.
A verdade é que tinha algum receio de voltar a encontrar-me cara a cara com essa pessoa; não tinha receio de lhe cair nos braços, mas apenas de que o meu coração saltasse uma batida e que fosse inundada por recordações. Ao fim e ao cabo foi um ano, recheado de situaçãoes boas e outras muito complicadas.
Fiquei contente por ter enfrentado os meus fantasmas e por ter de uma forma algo fria constatado que nem o meu coração se descompassou nem vi nehum filme mental de todos aqueles momentos.
O Amor é uma coisa curiosa, semelhante a um vírus, afecta-nos suavemente ou então de tal forma que nos deita por terra, e podemos ter recaídas se não ficar bem curado, mas a verdade é que uma vez curado lhe estamos imune, pelo menos a esse vírus.
O que me leva á minha segunda divagação...
Fui recentemente infectada por uma nova estirpe desse vírus malvado, cujo hospedeiro era suposto estar aqui hoje comigo...
Se estivesse não teria tido oportunidade de enfrentar os meus fantasmas do passado mas também não estaria a achar que estou a viver na pele de uma das personagens daquele filme "He's not that into you".
Então disse-me o vento que tenho de clarificar esta questão o mais depressa possível porque eu não sou mulher de dúvidas nem de fugir e esconder a cabeça na areia.
Muito pelo contrário...
And if he's not really into me, it will hurt but it won't kill me. and eventually I will find someone that is (li isto há pouco no livro do filme, e mais umas quantas coisas que me puseram a pensar que se calhar o interesse não é muito...).
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