"O amor por um filho não é fácil de descrever. Sente-se todos os dias. Mesmo quando a vida nos prega partidas, quando os casamentos se desfazem, quando estamos cansados e nada parece fazer sentido, há sempre um pequeno grande amor que fala mais alto. Neste segundo romance, Fátima Lopes onde conta a história de Gonçalo e Estela, duas crianças que têm em comum serem filhas de pais divorciados. Nada apontava para o fim daquele casamento. Margarida, com um bebé de meses nos braços, apaixona-se e decide separar-se. Com o divórcio, vêm as ameaças e as chantagens. É neste ambiente que cresce Gonçalo, protegido pelo amor de uma mãe disposta a tudo para garantir a felicidade do filho. Estela não está nas prioridades da mãe, ocupada entre o trabalho e as amigas. Foi o pai que lhe mudou as fraldas e a embalou nas noites agitadas. Com o divórcio, este pai não desiste de acompanhar a filha em todos os grandes passos da sua vida. Num discurso sensível e intimista, Fátima Lopes transporta-nos para o universo dos mais pequenos. Como os seus olhos vêem os dramas dos adultos, como sentem as disputas e os insultos sem sentido, como sofrem sem perceberem a razão. Os nossos filhos serão sempre pequenos para receber o grande amor que temos para lhes dar. "
Já há algum tempo que tinha alguma curiosidade em ler este livro, talvez porque eu própria sou mãe de um filho de pais divorciados.
Se a educação de uma criança é dos trabalhos mais árduos que existe, o educar uma criança no meio de um casamento dissolvido ainda o é mais.
Educar uma criança é como viver num limbo permanente, nunca sabemos se estamos a tomar a decisão mais certa; temos que ser firmes e meigas ao mesmo tempo; impor regras e não vacilar mesmo ante a carinha mais chorosa e um "vá lá mãeeee..."
Já não é totalmente fácil manter uma frente unida num casal quando falamos da educação dos filhos, muito menos quando o casal já não está unido.
No entanto, acredito que um filho de pais separados pode ser uma criança feliz, se ambos os pais se comprometerem a participar activamente para que essa felicidade seja real. Basta apenas que o filho ocupe sempre o lugar que lhe está destinado - um filho é para toda a vida.
Penso que a autora relata situações que são cada vez mais comuns nos dias de hoje.
Penso que muitos pais que estão a passar por uma situação de divórcio deveriam ler este livro.
Existem ainda muitos pais que se esquecem do verdadeiro significado de se ser pai/mãe e que apenas se regem pelos seus prórprios interesses.
Penso que existem muitas pessoas que não têm vocação para serem pais/mães.
Posso estar a ser muito ríspida, mas o facto de se poder não deveria ser o motivo para se ser.
Pai e mãe são os alicerces da vida de uma criança; são eles que dão o exemplo, a estrutura, que orientam...
São os responsáveis pela existência de uma vida que de outro modo não existiria.
É a maior das responsabilidades.
A responsabilidade de proteger, amar e educar, para TODA A VIDA!!!
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