Largar mais (Mafalda Veiga)
Meu amor há tempo
Se tu quiseres
Sem assombres, sem medo
Se te atreveres a ser
Completamente tu
Venha o que vier
Agarra bem o mundo
Acredita o tempo é sempre agora
Não há mais rodeios, desenganos ou demoras
Vê o teu sentido és tu
Com tudo o que trouxeres
Em ti, ainda
Eu sei que às vezes muito perto desfoca
E querer o mundo inteiro no peito, sufoca
Mas eu quero-te aqui
Eu quero-te em mim
Meu amor há tempo
Se tu quiseres
Sem assombres, sem medo
Se te atreveres a ser
Completamente tu
Venha o que vier
Agarra bem o mundo
Acredita o tempo, é sempre agora
Não há mais rodeios, desenganos ou demoras
Vê o teu sentido és tu
Com tudo o que trouxeres
Em ti, ainda
Eu sei que às vezes muito perto desfoca
E querer o mundo inteiro no peito sufoca
Mas eu quero-te aqui
Eu quero-te em mim
Eu sei que ao longe há sombras ausentes
Mas eu vejo-te em zoom e o meu plano é diferente
Eu sinto a tua falta
Não te quero largar mais
Não te quero largar mais
(14X)
Já soubemos o que é viver um sem o outro...já sentimos na pele a dor da separação, a dormência de uma parte de nós que nos falta e que nos leva a viver os dias sem cor e sem sentido.
Por isso agora "não te vou largar mais"...
Nunca mais!
Será que sou só eu que sinto que a semana pré-férias é a mais longa do ano?!
Especialmente o dia pré-férias?
Arrasta-se e arrasta-se...o tempo parece que não passa, e em oposição a nossa energia parece esgotar-se a um ritmo alucinante. A minha energia está a esvair-se a uma velocidade inversamente proporcional à velocidade da passagem dos minutos (juro que por esta altura parecem ter muito mais que 60 segundos).
É como se o meu corpo estivesse a entrar em shut down...célula após célula...(neste momento sinto que o shut down esta a atingir as minhas pálpebras que teimam e fechar, e ainda falta o dia de amanhã).
Penso que tal acontece porque acabamos por orientar os nossos dias/semanas/meses por objectivos/etapas, do género...só mais um esforço até ao dia x e depois posso fazer y. Como a cenoura na ponta da cana...
Depois, de um modo irónicamente sádico, o período de férias deve ter os minutos mais curtos de toda a história de todos os minutos. É que quase nem os vemos de tão rápido que passam.
Sinto-me cansada, esgotada a precisar de dormir e relaxar...
Mas quem é que me vendeu a "patranha" que as férias são feitas para descansar?! Decerto algum operador turístico...
Como é que é possível descansar quando andamos dum lado pro outro a visitar sítios, e etc e etc?
E que me dizem de umas férias do género, acordar, fazer pequenos-almoços, ír para a praia. Vir da praia, fazer almoço, almoçar, arrumar a cozinha, fazer o lanche, ír para a praia. Lanchar na praia, vir da praia, duches, fazer jantar, jantar, ír dar uma volta, voltar para casa, dormir. Relaxante??
Basta trocar a palavra praia por trabalho e assemelhar-se-ia aos restantes dias do ano. "Qualquer semelhança entre a ficção e a realidade é pura coincidência"(or something like that).
Mas, muda a paisagem...e vou poder fazer uma loucura e dormir até tarde...vá, até às 7h da manhã?! Lol.
Desenganem-se quem achar que me estou a queixar...Longe de mim, estou apenas a analisar o motivo do meu cansaço cíclico, lol.
Queixar de ír de férias?! NUNCA!
É que no meio de toda esta rotina stressante das férias, existem pequenos oásis que permitem recarregar baterias para o resto do ano...
É o toque do sol na minha pele; deitar-me na toalha de olhos fechados e ouvir o mar; mergulhar e sentir-me envolver pelas águas...é o riso do meu filho enquanto vai só dar "o último" mergulho...e as Bolas de Berlim com creme que só sabem bem na praia (Senhores e senhoras da ASAE tapem os olhos pf.).
Mas este ano vou-me esforçar por introduzir uma nova actividade nos meus dias de férias - me time (como diria uma amiga minha), ou seja uma meia-horita (há que começar por baixo) para eu fazer o que bem me der na veneta, ou simplesmente não fazer nada... Se conseguir que a moda pegue, pode ser que o consiga extrapolar para os períodos pós-férias.
O meu grande desafio para mim mesma é tentar não fazer nada durante esse tempo para mim. Tenho que aprender a relaxar, porque este é o verdadeiro motivo do meu cansaço cíclico, eu não sei estar sem fazer nada.
Depois conto como correu o desafio...
Boas férias!!
Este livro (infelizmente) ainda não faz parte da minha lista de livros à espera de serem lidos. Este continua a fazer parte daquela imensa lista de livros à espera de serem comprados.
Tenho imensa curiosidade em o ler...Porquê? Talvez o facto de ser geóloga, ter estudado estes assuntos e ter feito na Faculdade um trabalho acerca do terramoto de 1755 me tenha avivado o interesse. A verdade é que de uma forma ou de outra, a maior parte de nós (Portugueses) foi sendo confrontado com o elevado risco sísmico a que Portugal continental está sujeito, e ainda me recordo de na escola secundária em Ciências da Natureza nos ensinarem quais as precauções que deveríamos tomar em caso de um sismo, bem como também me recordo qual o local que ocupava na sala (isto no 6ano do ciclo)...tínhamos todos um local para onde nos deveríamos dirigir em caso de sismo e todos os meses treinávamos para uma eventual emergência. Felizmente nunca foi necessário colocar o plano em prática, mas lembro-me de ter crescido com a ideia de que "mais dia menos dia, quando menos esperássemos seríamos atingidos por um novo terramoto". Mas adiante que já me estou a dispersar, voltando ao livro: tenho curiosidade em ler sobre como era Lisboa nessa época, como seriam as suas gentes, que tipo de sociedade seria aquela...extremamente temente a Deus e no entanto extremamente permissiva às tentações, de tal modo que consideraram o terramoto um castigo de Deus como punição pelos pecados cometidos pelos Lisboetas.
Tenho curiosidade em conhecer o lado menos científico da questão.
Aqui fica...
"Lisboa, 1 de Novembro de 1755. A manhã nasce calma na cidade, mas na prisão da Inquisição, no Rossio, irmã Margarida, uma jovem freira condenada a morrer na fogueira, tenta enforcar-se na sua cela. Na sua casa em Santa Catarina, Hugh Gold, um capitão inglês, observa o rio e sonha com os seus tempos de marinheiro. Na Igreja de São Vicente de Fora, antes da missa começar, um rapaz zanga-se com sua mãe porque quer voltar a casa para ir buscar a sua irmã gémea. Em Belém, um ajudante de escrivão assiste à missa, na presença do Rei D. José. E, no Limoeiro, o pirata Santamaria envolve-se numa luta feroz com um gangue de desertores espanhóis.
De repente, às nove e meia da manhã, a cidade começa a tremer. Com uma violência nunca vista, a terra esventra-se, as casa caem, os tectos das igrejas abatem, e o caos gera-se, matando milhares. Nas horas seguintes, uma onda gigante submerge o terreiro do Paço e durante vários dias incêndios colossais vão atemorizar a capital do reino. Perdidos e atordoados, os sobreviventes andam pelas ruas, à procura dos seus destinos. Enquanto Sebastião José de Carvalho e Melo tenta reorganizar a cidade, um pirata e uma freira tentam fugir da justiça, um inglês tenta encontrar o seu dinheiro e um rapaz de doze anos tenta encontrar a sua irmã gémea, soterrada nos escombros."
Estou quase, quase a ír de férias e desta vez resolvi levar comigo dois clássicos de estilos bem diferentes.
Este
e este
E ainda vou dar mais uma vista de olhos pela minha lista de livros à espera de serem lidos a ver se de lá "salta" mais algum para dentro do saco, just in case...
O Sol brilha lá fora mas o meu coração está encoberto.
É como se neste momento tivesse uma nuvem negra pessoal que me acompanha.
Estou triste.
Estou triste porque entristeci a pessoa que mais amo.
Porque mesmo a dor que causamos sem intenção de magoar não deixa de provocar dor.
E essa dor que causamos sem intenção atinge o alvo e faz ricochete de volta ao coração de quem a infligiu.
Sinto o coração apertado. Sinto no meu coração a tristeza que vai no teu. Gostava de conseguir retirar essa dor de dentro de ti. Desejava que o meu coração absorvesse toda essa tristeza como uma esponja que vai absorvendo a água que se encontra na sua proximidade...para que no teu coração ficásse apenas o imenso amor que sinto por ti.
Nem só de pão vive o Homem e é bem verdade...
Mesmo em tempos de crise, e em que muitos orçamentos não chegam para suprir as necessidades básicas, sabe sempre bem, e talvez até se consiga obter aquela lufada de ar fresco que faz reviver a alma e angariar novo ânimo e forças para viver o dia após dia de trabalho, algumas chatices e preocupações, abstrairmo-nos dos problemas por momentos e admirarmos o que de belo existe ao nosso dispor. E há coisas que são "de graça": uma vista sobre a cidade; percorrer ruelas cheias de história a pé; um pôr do Sol visto do Castelo de São Jorge...
Foi este o meu fim de tarde de ontem.
Passeei por Lisboa.
Simplesmente andei pelas ruas, vi as pessoas, observei a cidade dos seus miradouros...
E vi com agradada surpresa que Lisboa estava repleta de outras pessoas que como eu por lá andavam, simplesmente a admirar a beleza da cidade.
Terminei a tarde, com um concerto de música clássica no Largo de São Carlos.
Soube desta iniciativa, o "Festival ao Largo" por acaso quando pesquisava na internet outra coisa nada relacionada e fui para à pagina da Time Out, onde faziam menção a música clássica gratuita.
Ora, adoro música e dança clássica, muitas vezes não assisto porque os valores nem sempre o permitem, agora pareceu-me ser estupidez não aproveitar, visto que até não era pago.
Adorei!
Fechar os olhos e ouvir aquela música suave e intensa que me transporta e embala...
O Largo de São Carlos estava cheio, o que me deixou feliz. Feliz porque significa que as pessoas aderiram à iniciativa; feliz porque muitas pessoas puderam usufruir de uma iniciativa assim, e feliz porque para os músicos deve ser extremamente reconfortante sentir que estão a tornar a noite de tanta gente, um pouco diferente e especial.
Deixo aqui o link para a página do programa do Festival.
Aconselho!!!
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