"Em ti o meu olhar fez-se alvorada,
E a minha voz fez-se gorgeio de ninho,
E a minha rubra boca apaixonada
Teve a frescura do linho"
Florbela Espanca
Hoje está um verdadeiro dia de Primavera!
Já não era sem tempo...
E veio mesmo a calhar porque as minhas baterias estavam já a dar as últimas, LOL .
Preciso mesmo de as recarregar e um fim-de-semana prolongado com dias ensolarados é mesmo a receita certa.
Num dia como o de hoje tudo me parece possível...
Acho que se tentasse com bastante empenho até conseguiria voar..
Há dias assim, e hoje sinto-me FELIZ!
Porque sim!
Porque está Sol; porque estou viva; porque tenho amigos; porque tenho uma família que me ama; porque gosto de mim!!!
E também porque logo de manhã me fartei de rir, e começar o dia com umas boas gargalhadas é meio caminho andado para que o dia comece bem...
Vinha eu a caminho do trabalho, sintonizada na Radio Comercial, quando os animadores da manhã: Pedro Ribeiro, Vanda Miranda e Vasco Palmeirim (trio maravilha), passam um excerto de um programa de rádio australiano em que o apresentador lança um concurso acerca dos AC/DC, em que os ouvintes para ganharem um albúm têm que soletrar AC/DC...
Facílimo, poderia pensar-se...
Mas não, o ouvinte em questão tinha verdadeira dificuldade em acertar com a ordem das letras, LOLOLOL!!!
Aqui fica uma música para recordar...
AC/DC - You shook me all nigth long
Mais uma que me faz recordar as matinés do Clube...
"A maior solidão é a do ser que não ama. A maior solidão é a dor do ser que se ausenta, que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana.
A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo, no absoluto de si mesmo,
o que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor, de amizade, de socorro.
O maior solitário é o que tem medo de amar, o que tem medo de ferir e ferir-se,
o ser casto da mulher, do amigo, do povo, do mundo. Esse queima como uma lâmpada triste, cujo reflexo entristece também tudo em torno. Ele é a angústia do mundo que o reflete. Ele é o que se recusa às verdadeiras fontes de emoção, as que são o patrimônio de todos, e, encerrado em seu duro privilégio, semeia pedras do alto de sua fria e desolada torre."
Vinicius de Morais
Não quero sentir a solidão de quem não ama; não quero que o medo de me ferir ou de ferir me impeça de sentir, de viver, de amar....
Para quem gosta de livros e de ler, todos os dias são dias do livro.
Mas hoje é o dia Mundial do Livro.
Aquele dia designado para se falar da importância da leitura no desenvolvimento intelectual e emocional das pessoas.
Pois que se fale e muito!
Falar sobre livros nunca é demais.
Este é o meu livro do momento...
Caffé Amore - Nicky Pellegrino
"Repleto de personagens fascinantes, cheiros e sabores tentadores, este livro retrata de forma magnífica o universo feminino de Maria Domenica, a filha mais velha de uma família de agricultores de uma pequena aldeia italiana. Aos dezasseis anos, a sua vida está limitada à cozinha da mãe e ao Caffè Angeli, um local de convívio, de café intenso e do famoso ricotta sfolgliatelle. Os pais de Maria têm grandes expectativas para a sua bela primogénita, mas ela tem outros planos… entre eles, uma fuga para Roma. "
(informação retirada do site: http://www.bertrand.pt/)
Boas leituras!!!
Hoje é o Dia Mundial do Planeta Terra.
E 2008 é o Ano Mundial do Planeta Terra.
Talvez mais do que nunca se esteja a fazer um esforço em termos de informar o público em geral dos verdadeiros problemas existentes.
Deixámos de falar em termos de "se não se reduzir a poluição daqui a x anos sofreremos alterações climáticas," para passarmos todos os dias a ver nos noticiários os resultados dessas mesmas alterações.
Os alertas passaram de alarmistas a realistas, e por mais estranho que pareça, a população em geral parece que os leva menos a sério, hoje em dia, quando são bem reais.
Aqui fica um artigo publicado no site de notícias da RTP, com algumas das iniciativas que vão ter lugar durante o dia de hoje.
Urge AGIR!!!!
No Dia Mundial da Terra, que se comemora hoje, a humanidade é confrontada com vários alertas. Um dos mais importantes tem a ver com o envio de dióxido de carbono para a atmosfera que está a provocar um aumento da temperatura em todo o mundo.
(RTP 2008-04-22 10:45:33 - retirado do site www.noticias.rtp.pt)
Para saber mais informações acerca de reciclagem, actividades em curso etc: http://www.quercus.pt/scid/webquercus/
"A noite vem às vezes tão perdida
E quase nada parece bater certo
Há qualquer coisa em nós inquita e ferida
E tudo o que era fundo fica mais perto
Nem sempre o chão da alma é seguro
Nem sempre o tempo cura qualquer dor
E o sabor a fim do mar que vem do escuro
É tantas vezes o que resta do calor
Se eu fosse a tua pele
Se tu fosses o meu caminho
Se nenhum de nós se sentisse nunca sózinho
Trocamos as palavras mais escondidas
Que só a noite arranca sem doer
Seremos cúmplices o resto da vida
Ou talvez só até ao amanhecer
Fica tão fácil entregar a alma
A quem nos traga um sopro do deserto
O olhar onde a distância nunca acalma
Esperando o que vier de peito aberto
Se eu fosse a tua pele
Se tu fosses o meu caminho
Se nenhum de nós se sentisse nunca sózinho"
Hoje em dia vivemos numa Era em que tudo é descartável, ora são os sacos de plástico, ora os copos, enfim todo um manancial de "coisas" que aparentemente foram inventadas para nos facilitar a vida de forma a que pudéssemos ser mais felizes?!
Será mesmo?!
A questão mais crítica é que se transferiu o lema do usar e deitar fora, dos artigos para as pessoas e para as emoções, e isso é que é realmente grave.
Hoje em dia as pessoas usam-se e depois descartam-se umas das outras como se de um simples copo de plástico se tratasse ...
Mas bem pior, porque relativamente ao plástico ainda começa a aparecer a preocupação da reciclagem, e quanto aos sentimentos?
Na procura do prazer e da felicidade imediata, as pessoas atropelam-se, iludem-se, usam-se e magoam-se sem dó nem piedade, e sem reciclagem " possível.
Quem nesta Era se vê, de repente, desirmanado, apanha um grande choque porque nada é como era há uns anos atrás, em que as pessoas procuravam nas outras os mesmos objectivos; faziam planos de vida em comum; procuravam construir a felicidade.
Hoje em dia, as pessoas procuram a FELICIDADE, como se de um artigo de consumo se tratasse .
Algo físico e palpável, e não, o que realmente é, algo que se constroi, que se partilha e que é feito de pequenas insignificâncias.
Hoje, as pessoas conhecem-se, relacionam-se sexualmente uma ou duas vezes, e descartam-se passando para a próxima "relação".
Cada vez ficam mais frustadas porque aquela ainda não é a tal ou o tal.
Mas para descobrir isso é preciso bem mais do que uns simples encontros físicos...
É preciso conhecer o outro; conhecer os defeitos e aceitá-los; é preciso querer ver mais fundo. Apaixonarmo-nos por alguém é um investimento grande; e manter uma paixão requer muito empenho.
Mas hoje, na era do fast-food; ready-to-wear; do-it-yourself, o "amor" passou a ficar conotado como descartável e quem não aderir ao fast-sex, pode correr o risco de se sentir inadaptado.
Pois bem, como diz uma amiga minha, prefiro ser inadaptada.
Não sou descartável.
Não sou de usar e muito menos de deitar fora.
Sou de Amar e valorizar, porque eu valorizo os outros, valorizo-me e amo muito.
Não sou púdica nem conservadora. Não condeno quem se sente feliz com esta forma de viver, apenas não é o que eu quero para mim.
"Se eu pudesse trincar a terra toda
E sentir-lhe um paladar,
E se a terra fosse uma cousa para trincar
Seria mais feliz um momento...
Mas eu nem sempre quero ser feliz.
É preciso ser de vez em quando infeliz
Para se poder ser natural...
Nem tudo é dias de sol,
E a chuva, quando falta muito, pede-se,
Por isso tomo a infelicidade com a felicidade
Naturalmente, como quem não estranha
Que haja montanhas e planícies
E que haja rochedos e erva...
O que é preciso é ser-se natural e calmo
Na felicidade ou na infelicidade,
Sentir como quem olha,
pensar como quem anda,
E quando se vai morrer, lembrar-se de que o dia morre,
E que o poente é belo e é bela a noite que fica...
Assim é e assim seja... "
Alberto Caeiro (Fernando Pessoa)
Grandes verdades ditas de uma forma muito bela...
"Nada acontece por acaso.
As pessoas não aparecem nas nossas vidas por acaso, e assim como já não podemos recuperar uma oportunidade que deixámos passar, também não conseguimos reaver alguém que já seguiu em frente.
O tempo não volta atrás. Por isso é tão importante viver o presente."
Tenho pensado muito nisto.
Realmente se eu analisar bem tudo o que já aconteceu na minha vida nos últimos quase 12 meses, só posso chegar mesmo à conclusão de que nada acontece por acaso.
O difícil é entendermos o porquê das coisas...
O porquê deste ou daquele acontecimento.
Mas talvez o segredo seja mesmo esse, não tentar entender...
Viver um dia de cada vez.
Quem lê habitualmente este blog há-de pensar - lá está ela outra vez com a mesma conversa...
É bem verdade! Tenho muita tendência para descarrilar das minhas decisões.
A minha determinação é real mas muitas vezes as minhas emoções conseguem destroná-la.
Desculpem lá a chatice mas hoje é dia de balanço - 17 de Abril - 9 meses pós dia D.
O que é que mudou? Para além do estado civil?
Talvez seja mais simples começar por descrever o que não mudou:
continuo a trabalhar no mesmo local; a ser mãe de um reguila de 3 anos (cada vez mais reguila)....
O que mudou? Principalmente eu.
Acho que hoje em dia sou mais eu.
Descobrir quem somos e o que queremos nem sempre é uma tarefa desprovida de sofrimento; não é fácil vermo-nos ao espelho e perceber que aquela pessoa somos nós.
É dificil vermo-nos aos nossos olhos e não através dos olhos de alguém que nos ama. O amor é benevolente...
Mas este processo embora doloroso tem servido para que eu consiga começar a "arrumar a minha casa" - o meu coração - o que quero, o que não quero...
Não deixar nada por fazer...
Não deixar nada por sentir...
Não deixar nada por dizer...
Porque amanhã pode ser tarde....
Tudo muda numa fracção de segundo...
Carpe Diem
"Um beijo em lábios é que se demora
e tremem no abrir-se a dentes línguas
tão penetrantes quanto línguas podem.
Mais beijo é mais. É boca aberta hiante
para de encher-se ao que se mova nela.
É dentes se apertando delicados.
É língua que na boca se agitando
irá de um corpo inteiro descobrir o gosto
e sobretudo o que se oculta em sombras
e nos recantos em cabelos vive.
É beijo tudo o que de lábios seja
quanto de lábios se deseja."
Jorge de Sena
Achei que estas músicas complementavam bem o poema.... e que tanto quanto o poema também estas letras descrevem toda a profundidade que se pode concentrar num beijo; nas emoções que se podem transmitir, e que o pode transformar num acto de intimidade mais profunda que a própria relação sexual (concordo contigo, amiga).
Um beijo pode aproximar almas de uma forma que trancende o contacto físico...
Kiss me, oh kiss me - David Fonseca
Leve beijo triste - Paulo Gonzo & Lúcia Moniz
and on, and on...
Outras visões do mesmo Mundo
As Palavras que nunca te direi
Not everything is average Nowadays
Outras partes de mim
Delicious Death: Agatha Christie's work list
The official Agatha Christie website
As minhas músicas
Natasha Bedingfileld - Soulmate
Avril Lavigne - When you're gone
Cindy Lauper - I drove all nigth
Tim e Mariza - Fado do encontro
Causas