Ora bem, quem não se lembra dos rubricas dos discos pedidos? Pois este post é mais ou menos do tipo: é um post escrito sob pedido.
Surge na sequência de uma conversa, em que me foi lançado o repto:"ora reflecte lá sobre este assunto e depois diz de tua justiça".
Confesso que tentei fugir um bocadinho a escrever, o que não é de todo normal em mim, mas é que o assunto não é linear.
A questão que me foi colocada foi: porque é que hoje não convives bem com esta situação, se no passado já viveste uma situação semelhante e não te incomodava particularmente??!
Ora aqui está uma bela pergunta.
Porque é que muitas vezes fazemos coisas que vão completamente contra as nossas convicções sem que isso nos incomode, enquanto noutras causa em nós um grande dilema interior?!
Muitas vezes questiono-me sobre isto. Será isto falta de coerência, de carácter?!
Acho que durante alguns períodos da minha vida andei um pouco à nora, perdida...sem saber muito bem que rumo tomar. Nessas situações não fui leal a mim própria; não agi de acordo com a minha consciência nem de acordo com o meu coração. Fui fraca! Não me amei e por não me amar não respeitei as minhas convicções. Deixei-me ir na onda, numa onda que não era a minha.
Quando me apercebi de que a situação nada tinha que ver com o que queria e quero para mim, fui-me afastando e a partir daí fui-me distanciando das situações e das pessoas. Fui-me reencontrando e fui recuperando a minha auto-estima e amor próprio. Tornei-me uma pessoa mais forte, consciente daquilo em que acredito e do que quero para mim e para a minha vida.
Todo este processo foi necessário. Como a Fénix que se transforma em cinzas para poder voltar a renascer, também eu sinto que tive de bater no fundo do poço para poder reconstruir-me de uma forma mais sólida, para poder ser o que sou hoje.
E o que eu sou hoje é a pessoa que tu conheces.
Aquela que te ama profundamente.
Que quer construir contigo uma família.
Que se incomoda com o facto de não poder anunciar ao Mundo (ainda) que és o homem da sua vida...que gosta de tudo às claras, preto no branco, sem margem para dúvidas.. A pessoa que nunca deixou de te amar, mesmo quando não havia esperança.
Sou eu, assim: transparente, verdadeira, impulsiva, sem subterfúgios nem nada deixado por dizer.
Tudo o que eu sou, é tudo o que tu vês...aquilo que demonstro, aquilo que digo, e muitas mais vezes o que não digo mas que tu lês como se os meus pensamentos aparececem escritos numa qualquer página invisível. Sou aquilo em que acredito, sou o que defendo...aquilo que detesto, o que me irrita, o que me faz rir e o que me faz chorar. Sou o que penso mas muito mais o que sinto.
Outras visões do mesmo Mundo
As Palavras que nunca te direi
Not everything is average Nowadays
Outras partes de mim
Delicious Death: Agatha Christie's work list
The official Agatha Christie website
As minhas músicas
Natasha Bedingfileld - Soulmate
Avril Lavigne - When you're gone
Cindy Lauper - I drove all nigth
Tim e Mariza - Fado do encontro
Causas